Edição 2/11112024
FOTOGRAFO ATINGIDO POR BOMBA NA ARENA MRV ESTÁ INTERNADO
Um dos profissionais de imprensa atingidos pelas bombas arremessadas em campo pela torcida do Atlético, na Arena MRV, precisou ser encaminhado ao hospital. Nuremberg José Maria, fotógrafo, estava à beira do gramado quando ocorreram os episódios de violência, após o gol do Flamengo na final da Copa do Brasil.
Nuremberg informou que os exames de raio-x identificaram três dedos quebrados, além de lesões nos tendões e no pé. O fotógrafo disse que estava sendo levado para a sala de cirurgia e que ainda sentia muitas dores.
Em um áudio enviado para pessoas próximas minutos após o episódio de violência, o fotógrafo relatou sentir muita dor. “Foram muitas bombas em cima de mim”, detalhou. Ele foi socorrido de ambulância.
Confusão na final
Uma confusão se instaurou no gramado da Arena MRV tão logo o Flamengo marcou gol aos 37 minutos do segundo tempo, no jogo de volta da final da Copa do Brasil, que praticamente consagrou o time como campeão. A confusão de manteve após o apito final.
Durante a comemoração, a torcida do Galo jogou bombas e copos de cerveja na direção dos jogadores do time rubro-negro e de jornalistas.
Os atletas do Galo viram a provocação e passaram a discutir. O rubro-negro já havia vencido por 3 a 1 no Maracanã. Um outro torcedor atleticano invadiu o gramado e foi detido pelas equipes de segurança. Por causa da confusão, o duelo precisou ser paralisado.
Jogadores do Atlético pediram aos torcedores para não arremessar copos e bombas no campo.
Também foram registradas brigas nas arquibancadas entre atleticanos. Pais que estavam com crianças, inclusive bebês de colo, tiveram que correr com os filhos em função da confusão. Ao final do jogo, torcedores do Atlético encapuzados tentaram invadir o campo enquanto os jogadores do Flamengo celebravam o título.
Cadeiras foram arrancadas para serem arremessadas no campo e o grupo foi detido pela Polícia.
De acordo com fotojornalistas, a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais (Arfoc-MG) afirmou que já havia reportado ao Atlético sobre os problemas de segurança aos profissionais na Arena.